A peça (assim como o conto escrito por Jorge Luis Borges em 1948) trata do assassinato de Abraão Loewenthal, cometido pela jovem Emma Zunz, para vingar a morte de seu pai. A narrativa fragmentada, porém com o forte atrativo da verossimilhança, pode ser reconhecida como o caso narrado por uma típica crônica policial. É importante registrar que Emma Zunz se presta a múltiplas leituras, porque o conto apresenta lacunas e produz ambigüidades que tornam imprescindível a participação do leitor na produção do fato estético. Por isso esta história tornou-se o eixo em torno do qual construímos este experimento. O que é, e o que parece ser; o real e imaginado; a presença e o virtualidade, não em oposiões clássicas, mas sim misturados.